Se a locomotiva perde o rumo, o que será dos vagões que a seguem?
A grande preocupação da economia mundial é o desfecho da crise por que passa a economia americana. Apoiada no fabuloso de PIB superior a US$ 14 trilhões, grande importadora de produtos de todo o mundo, consumidora de 30% do petróleo mundial, qualquer vento mais forte que a castigue significa que os efeitos se farão repercutir nas diversas economias.
Quando um país comprador de produtos está mais rico, certamente que os outros países venderão mais para ele; para isso terá que aumentar o tamanho das suas fábricas e vão contratar mais funcionários, vão adquirir mais matéria prima, vão produzir mais e gerar mais renda. De forma contrária, se o comprador dos mesmos produtos está mais pobre, todos os efeitos listados acima ocorrerão de forma inversa.
A economia chinesa é a grande fornecedora de produtos para os Estados Unidos. Com isso, sofrerá um impacto muito forte.
O Brasil já teve os Estados Unidos como comprador de 25% de tudo que vendíamos para o exterior. Com a diversificação dos mercados, 19% das exportações brasileiras tem como destino o mercado americano. Assim como a China, sofreremos, ainda que numa dimensão menor.
De qualquer forma, grande parte do mundo atua como simples expectadores, protegendo-se, mas sem o poder de debelar a crise.
A extensão de tais perdas vai depender da extensão da crise da economia americana. Viu-se a ponta do iceberg, ele está ameaçando aparecer de corpo inteiro, mas não se conhece o seu tamanho.
Outro efeito negativo se refere à fuga de capitais que acontece nessas situações. Com isso, as economias vêem aumentada a sua vulnerabilidade, principalmente aquelas que não detêm uma grande quantidade de reservas internacionais. O Brasil dispõe hoje de aproximadamente US$ 185 bilhões. Sem dúvida uma situação muito confortável.
Parece, também, que os economistas e os bancos centrais aprenderam muito com asa crises anteriores. O pacote de medidas agora anunciado pelo FED pode fazer com que a locomotiva não descarrilhe, seus passageiros desembarquem felizes e nós, simples expectadores, possamos suspirar aliviados.
Newton Braga,
Professor de economia do Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB)
A grande preocupação da economia mundial é o desfecho da crise por que passa a economia americana. Apoiada no fabuloso de PIB superior a US$ 14 trilhões, grande importadora de produtos de todo o mundo, consumidora de 30% do petróleo mundial, qualquer vento mais forte que a castigue significa que os efeitos se farão repercutir nas diversas economias.
Quando um país comprador de produtos está mais rico, certamente que os outros países venderão mais para ele; para isso terá que aumentar o tamanho das suas fábricas e vão contratar mais funcionários, vão adquirir mais matéria prima, vão produzir mais e gerar mais renda. De forma contrária, se o comprador dos mesmos produtos está mais pobre, todos os efeitos listados acima ocorrerão de forma inversa.
A economia chinesa é a grande fornecedora de produtos para os Estados Unidos. Com isso, sofrerá um impacto muito forte.
O Brasil já teve os Estados Unidos como comprador de 25% de tudo que vendíamos para o exterior. Com a diversificação dos mercados, 19% das exportações brasileiras tem como destino o mercado americano. Assim como a China, sofreremos, ainda que numa dimensão menor.
De qualquer forma, grande parte do mundo atua como simples expectadores, protegendo-se, mas sem o poder de debelar a crise.
A extensão de tais perdas vai depender da extensão da crise da economia americana. Viu-se a ponta do iceberg, ele está ameaçando aparecer de corpo inteiro, mas não se conhece o seu tamanho.
Outro efeito negativo se refere à fuga de capitais que acontece nessas situações. Com isso, as economias vêem aumentada a sua vulnerabilidade, principalmente aquelas que não detêm uma grande quantidade de reservas internacionais. O Brasil dispõe hoje de aproximadamente US$ 185 bilhões. Sem dúvida uma situação muito confortável.
Parece, também, que os economistas e os bancos centrais aprenderam muito com asa crises anteriores. O pacote de medidas agora anunciado pelo FED pode fazer com que a locomotiva não descarrilhe, seus passageiros desembarquem felizes e nós, simples expectadores, possamos suspirar aliviados.
Newton Braga,
Professor de economia do Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB)
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