"Brasília 49 anos, jovem senhora tombada. Cidade planejada, moderna, bonita e… inacessível."
Eu, um jovem brasiliense de 26 anos, que vi Brasília crescer e, crescendo junto com ela, vi muitas pessoas chegarem em busca de uma vida melhor, de facilidades, de lotes, de programas sociais, de hospitais, de escolas, de melhores condições.
Brasília encheu de gente, cresceu, junto com ela cresceram as desigualdades sociais, a violência, a exclusão, o desrespeito.
Desordenadamente Brasília cresceu para os lados, aqueles que ficaram fora dos planos de Lucio Costa. E o Plano que era Piloto tenta se manter belo para os que têm olhos apenas para suas grandiosas formas, suas retas e curvas e rampas, rampas que levam autoridades governamentais para dentro de seus palácios onde exercitam o poder, mas não levam o cadeirante ao seu destino simplesmente porque no caminho dele não existem rampas.
Vejo, com tristeza e esperança, minha cidade ainda jovem tão descuidada. Vejo as