Apesar o nome egocêntrico (Blogue do Braga), não gosto de fazer deste um espaço de desabafos pessoais, mas compartilharei com vocês algumas experiências que tive neste 2009.
No início do ano, quando ainda morava na Asa Norte, bairro de classe média alta e cheio de gangues, meu carro foi arrombado durante uma madrugada estacionado do lado meu prédio. Levaram o rádio e mais alguns pertences. Quando vi a cena, já de manhã, pensei: "Como sou azarado, logo o meu carro".
Alguns meses depois, quando nasceu minha filha, decidimos me mudar para o Cruzeiro, um bairro mais pacato, pelo menos era o que eu pensava.
Com uma criança recém-nascida decidimos contratar uma diarista. Na terceira ou quarta vez que a mulher se diria ao meu apartamento foi assaltada e espancada já quase chegando. Acompanhei-a à delegacia pensando: "Mas será que nem aqui no Cruzeiro se pode ter paz?".
A mulher não quis mais saber de trabalhar naquela região e tivemos de contratar outra diarista. No primeiro dia de trabalho ela furtou algumas jóias que minha filha ganhara de presente e uma quantia em dinheiro. Fui à delegacia de novo já pensando: "Só pode ter algum problema comigo. Deve ser porque eu não repasso as correntes de emeio que enchem minha caixa".
Hoje voltei à delegacia para fazer mais um boletim de ocorrência. Mais uma vez entraram no meu carro durante a madrugada e roubaram alguns pertences. O que devo pensar agora? Eu e mais cinco vizinhos que também foram vítimas do mesmo tipo de crime na mesma noite! Aquele curioso encontro no setor de perícia da polícia teve quorum maior do que muita reunião de condomínio, diga-se.
De quem é a culpa?
Quando fui fazer a perícia do primeiro arrombamento, um dos policiais perguntou se o carro tinha trava elétrica. "Não, não tem", respondi. "Tem que ter. Sempre que o ladrão ver um carro sem trava ele vai lá e rouba", afirmou o policial meio indignado com minha "displicência". Alguns minutos depois ele voltou e me indicou um amigo dele que instala trava e alarme em carros.
Não o respondi. Se o tivesse feito, seria preso por desacato a autoridade.
Responsabilizar o roubado por não ter se protegido corretamente contra o roubo é como culpar uma moça estuprada por usar mini-saia.
A verdade é que o GDF do Zé Arruda não tem política de segurança pública nem de inclusão digital. É por essas e outras que ele vai voltar pra Itajubá.
No início do ano, quando ainda morava na Asa Norte, bairro de classe média alta e cheio de gangues, meu carro foi arrombado durante uma madrugada estacionado do lado meu prédio. Levaram o rádio e mais alguns pertences. Quando vi a cena, já de manhã, pensei: "Como sou azarado, logo o meu carro".
Alguns meses depois, quando nasceu minha filha, decidimos me mudar para o Cruzeiro, um bairro mais pacato, pelo menos era o que eu pensava.
Com uma criança recém-nascida decidimos contratar uma diarista. Na terceira ou quarta vez que a mulher se diria ao meu apartamento foi assaltada e espancada já quase chegando. Acompanhei-a à delegacia pensando: "Mas será que nem aqui no Cruzeiro se pode ter paz?".
A mulher não quis mais saber de trabalhar naquela região e tivemos de contratar outra diarista. No primeiro dia de trabalho ela furtou algumas jóias que minha filha ganhara de presente e uma quantia em dinheiro. Fui à delegacia de novo já pensando: "Só pode ter algum problema comigo. Deve ser porque eu não repasso as correntes de emeio que enchem minha caixa".
Hoje voltei à delegacia para fazer mais um boletim de ocorrência. Mais uma vez entraram no meu carro durante a madrugada e roubaram alguns pertences. O que devo pensar agora? Eu e mais cinco vizinhos que também foram vítimas do mesmo tipo de crime na mesma noite! Aquele curioso encontro no setor de perícia da polícia teve quorum maior do que muita reunião de condomínio, diga-se.
De quem é a culpa?
Quando fui fazer a perícia do primeiro arrombamento, um dos policiais perguntou se o carro tinha trava elétrica. "Não, não tem", respondi. "Tem que ter. Sempre que o ladrão ver um carro sem trava ele vai lá e rouba", afirmou o policial meio indignado com minha "displicência". Alguns minutos depois ele voltou e me indicou um amigo dele que instala trava e alarme em carros.
Não o respondi. Se o tivesse feito, seria preso por desacato a autoridade.
Responsabilizar o roubado por não ter se protegido corretamente contra o roubo é como culpar uma moça estuprada por usar mini-saia.
A verdade é que o GDF do Zé Arruda não tem política de segurança pública nem de inclusão digital. É por essas e outras que ele vai voltar pra Itajubá.
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