A disputa que se trava nos debates sobre a reforma política entre eleição proporcional, distrital ou em distritão não é mera formalidade de método de soma de votos, mas de concepção política. Na eleição distrital é eleito o mais votado entre os candidatos de uma determinada região. Assim, a votação é meramente geográfica. Mesmo que nenhum candidato nas redondezas me represente, eu estarei preso a votar e ser representado por um deles, mesmo que alguém de outra região do estado defenda as mesmas bandeiras que eu defendo ou faça parte da mesma categoria que eu quero ver representada, estarei impedido de dar meu voto consciente a ele. No chamado distritão, a votação não é geográfica, mas personalista. Se há 42 vagas, os 42 candidatos que receberam mais votos individualmente estão eleitos. Aí não importa o que cada um defenda, não importa quantos votos cada proposta tenha recebido, não importa nenhum debate que não gire em torno da personalidade com um belo sorriso na tela. A Câ
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