Por que não se
solidarizar também com Mariana-MG? E os universitários cristãos no Quênia
mortos pelo mesmo Estado Islâmico? E as centenas de alunas no nordeste da
Nigéria mortos pelo Boko Haram? E as crianças palestinas vítimas dos
bombardeios israelenses? E os 11 jovens assassinados na periferia de
Fortaleza-CE? E os 20 mortos em Osasco e Barueri? E o Raimundo, pedreiro
assassinado na porta da minha casa numa tentativa de latrocínio? E o sujeito
transtornado em Itu que foi assassinado pela polícia ao tentar se suicidar (!)?
E os dois mortos na Pavuna porque o policial confundiu um macaco hidráulico com
uma arma?
São tantas
tragédias ao redor do mundo que deveríamos, para manter a coerência, nos manter
constantemente indignados. Mais do que indignados, precisamos agir para que
menos atrocidades aconteçam.
Deveríamos
pactuar entre nós que todos tenham direitos fundamentais independente da sua
origem, etnia, orientação sexual, gênero, classe social ou qualquer outra forma
de discriminação.
Vamos elaborar
uma proposta baseada em valores racionais que passem a iluminar a humanidade e
que garanta a todos o direito à vida, à propriedade, à liberdade de credo, à
liberdade de expressão. Podemos chama-la, talvez, de Declaração dos Direitos do
Homem* e do Cidadão (*na acepção geral de humanidade).
Isso foi feito
em 1789, encerrando a idade das trevas no ocidente e fundando a sociedade
contemporânea. Isso foi feito na Revolução Francesa e só por isso já vale a
pena colocar essas três cores no Facebook, em monumentos e onde mais pudermos
quando civis daquele país são atacados e mortos por um grupo de radicais
islâmicos que quer obrigar o mundo a viver sob os costumes da sua interpretação
do alcorão e sem as garantias fundamentais que todo ser humano deve ter.
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